quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Permanecer na graça....


As constantes e numerosas quedas pelas quais o ser humano passa em vida é a expressão da sua mais viva liberdade. A liberdade é uma dimensão natural na trajetória de todos os homens e mulheres, e também podemos dizer que é o maior desejo seguido da felicidade. Todos desejam a liberdade mas por não terem clareza do que ela significa às vezes a acabam confundindo com permissivismo e libertinagem. Na realidade, homens e mulheres decidem sua história e confiam nas suas potencialidades. Essa livre escolha permite acolher o que as convenções religiosas e sociais não aceitam como sendo corretas. Ao cair da haste tão elevada em que se encontra depois de um tempo de desperdícios e insatisfações, naturalmente o ser humano envolvido por um inebriante afeto de Deus pode retornar ao ponto de partida e novamente se decidir por outras veredas que não sejam as mesmas, uma vez que a experiência já falou a sua verdade.
Este movimento de volta é o que definimos por conversão. E neste processo de mudança de percurso nos deparamos com a graça de Deus. Mas a graça é muito mais que a conversão ao que é bom e belo, ao digno e prazeroso, é, sim, uma constante atitude de amor.
Permanecer na graça é atestar que o amor de Deus é presença real e sempre criativa. Ao envolver-se conosco, Deus na sua generosidade exclui tudo o que não é santo. Ele esquece dos nossos erros e das nossas faltas, porque não lhe interessam a miséria e os tropeços por causa das tentativas; mas sim sempre a fartura e a bênção, a roupa nova e a festa. Isso nos basta. Mas não podemos nos esquecer de que o perdão não apaga as consequências doa atos. A estes nós respondemos com a abertura aos desígnios de Deus que se revela plenamente misericordioso em Jesus Cristo. Ao nos encontrarmos com a sede de Deus, transbordamos de alegria e a graça acontece. Este é o sinal que esperamos. Herança de quem é justo e se importa conosco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário