sábado, 29 de agosto de 2009

É necessário viver nossa Fé em comunidade...


Com frequência se ouve isto: "Eu não vou à Igreja, mas rezo em casa".
Não se pode comparar "a sua reza" em casa com a força do Corpo e Sangue de Cristo e com a Palavra de Deus na Igreja. Diz Cristo: "Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia" (Jo 6,53-54).
A Fé precisa ser vivida em comunidade, na Igreja. No meio de tanta corrupção e miséria, a Igreja é, hoje em dia, o único lugar de refúgio do povo, para ele se sentir bem perto de Deus.
A Igreja é a única guardiã dos valores do Reino de Deus: do amor, da verdade, da honestidade, da justiça, da caridade, da solidariedade com os pobres... Ela é única depositária deles. Digo a única, porque a família e a sociedade passam por uma grande crise.
Muitos, querendo justificar sua Fé em Deus e ao mesmo tempo sua ausência da Igreja, colocam como desculpas que "rezam em casa e que Deus está no seu coração". A verdade é que falta sinceridade consigo mesmo. Deus não é levado em consideração em sua vida. Por que?
Porque Deus sempre incomoda, exige fidelidade, conhecimento e prática de Fé. Por isso, é mais cômodo deixá-lo de lado, não segui-lo. Sua presença é um convite permanente aos autênticos valores: o amor, a fraternidade, a justiça, a caridade, a honestidade, a assumir as consequências de sua responsabilidade como cristãos.
Excluindo Deus da sua vida, evitam esses compromissos.
Pensemos um pouco nisso...

Cartas de São João da Cruz...

"Não pense outra coisa senão que tudo é ordenado por Deus. E onde não há Amor, ponha Amor e colherá-Amor"(carta de S.João da Cruz para Madre Maria da Encarnação monja do Mosteiro de Segóvia) Esta última frase revela toda a alma de Frei João que, devido à sua íntima união com Deus, consegue mudar tudo em Amor.
À Madre Ana de Santo Alberto, priora do Carmelo de Caravaca, ele escreve: "Já sabe, filha, os trabalhos que agora se padecem. Deus assim permite para provar seus escolhidos. "A vossa fortaleza estará no silêncio e na esperança".
Nas cartas destes últimos meses de sua vida, Frei João, mantém sempre uma visão sobrenatural dos acontecimentos e não tolera que se fale mal dos seus acusadores. Os últimos "porquês" das coisas se encontram em Deus; seria muito perigoso buscá-los dentro da esfera, imediata dos comportamentos.